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O que nos revela a comoção com a morte de Fernandão

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Política e futebol tem caminhos que se cruzam em várias circunstancias. Um recente fato do futebol me levou a uma constatação intrigante sobre a política e a sociedade brasileira. Convido vocês a acompanharem essa reflexão.

A morte inesperada de um ídolo normalmente causa comoção entre seus admiradores. Nesse final de semana a prematura e trágica morte de Fernandão trouxe muita dor aos Colorados. Embora fosse um jogador muito habilidoso e peça fundamental nas maiores conquistas do clube, Fernandão marcou o internacional por sua grande ligação com o clube que ficava evidente no amor a camiseta, na garra e na liderança que exercia dentro e fora de campo.

homenagem-fernandaobTudo isso justifica com folga o luto do Sport Club Internacional e as demonstrações de tristeza da torcida. Mas, o que havia nesse jogador que comoveu os gremistas, arquirrivais dos colorados?  A conclusão é intrigante. Não foi sua habilidade como jogador que levou ao sentimento de pesar na torcida do grêmio. Outros jogadores mais habilidosos não causariam essa comoção. Foi a forma respeitosa como tratava os adversários, a imprensa e a torcida adversário. Foram gestos de solidariedade, de boa educação e de respeito que criaram essa ligação. Foi a atitude olímpica de atleta e integra de pessoa que criou essa ligação sentimental.

A comoção teve como raiz o sentimento de perda de uma pessoa admirável, de um ídolo para alguns e de um exemplo para outros. O inusitado desse fato, me leva a uma triste conclusão: nós brasileiros estamos gravemente carentes de bons exemplos, de pessoas a admirar.  Empresários, cientistas, pensadores, políticos, artistas. Quem está à altura de ser um ídolo? Quem consegue ser admirado por suas habilidades a ponto de ser uma um exemplo de excelência profissional? E quem consegue transparecer virtudes genuínas, civismo e humanidade para além das habilidades que o transforme em exemplo, em modelo a ser seguido?

São poucos, muito poucos os nomes que me surgem a cabeça. Em parte, é a nossa sociedade que não admite reconhecer virtudes em quase ninguém. Qualquer pessoa de sucesso é rapidamente criticada tendo por combustível uma inveja velada. Não se reconhece virtudes em ser bem sucedido. Daquele que alcança o sucesso é exigido infindáveis demonstrações de humildade e qualquer deslize é considerado arrogância. Somos um país em que o mérito do vencedor é desconsiderado e a simpatia pelo derrotado é enaltecida.

Em grande parte culpo a mentalidade esquerdista que assolou esse país por esses vícios. O PT e seus aliados ideológicos consagraram o coitadismo. Critérios de desempenho são ofensivos para eles. A meritocracia é um palavrão. A eficiência do governo foi ralo abaixo junto com o sepultamento de qualquer forma de avaliação. O que lhes agrada é ver o povo submisso e dependente do governo. Um povo eternamente devedor daquela módica fração que dele recebe.

Além disso, o PT tem sido o algoz da moral no país. Manobram permanentemente contra a democracia e defendem ditadores de esquerda. Ridicularizam até greve de fome –  o mais extremo ato de luta política que uma pessoa pode empreender. Atacam a justiça para defender os criminosos do partido. Tratam os condenados do mensalão como mártires, como exemplos. Montam dossiês falsos para arrasar qualquer reputação que lhes ameace. Conspiram contra a imprensa por esta divulgar notícias que lhes desagradam. Estimulam o ódio e a cizânia em diferentes setores da sociedade, jogando uns contra os outros.

A pratica política que o PT tem aplicado no Brasil há mais de uma década é uma perniciosa destruição de valores morais. É um permanente ataque a democracia e a estrutura da família. É por fim uma desagregação da sociedade para “reforma-la” em uma massa obediente, dependente e servil a um partido com indisfarçável ambição autoritária.

Entretanto, os ventos da mudança sopram no Brasil atualmente. São declarações de contrariedade com os rumos do país que surgem de todos os lados. O povo parece perceber que programas de governo demagógicos e midiáticos não são soluções reais, que os coloca em dívida com o governo e que os torna alvo de sua chantagem eleitoral.

Temos que refletir sobre que sociedade iremos deixar para nossos filhos e netos e que tipo de qualidade será exigida dos governantes. Precisamos deixar claro que atitudes serão valorizadas e estimuladas e o que receberá nosso repúdio. A corrosão dos valores morais e dos princípios democráticos deve ser revertida. Essa mudança começa por nós como sociedade, valorizando pessoas que mereçam ser admiradas, e se encerra na escolha de pessoas dignas de comandar esse país.

Written by onyxlorenzoni

junho 11, 2014 at 11:53 am

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