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Onde está o pleno emprego? @OPINIAOZH

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Deputado Onyx na Sessão da CPMI do Cachoeira (Foto: Divulgação / DEM)

Artigo| Onde está o pleno emprego?

ONYX LORENZONI*
As recentes estatísticas que apontam para o recuo na geração de empregos e o fechamento de vagas nas fábricas brasileiras são somente a ponta do iceberg das dificuldades de se desenvolver empresas, indústrias e de se gerar empregos formais no Brasil. Falta infraestrutura, a energia e a telefonia são caras, falta pessoal qualificado e sobram entraves burocráticos e impostos.
O desemprego se aprofunda e toma contornos de crise. Um dos fatores que problematiza esta situação é que inexiste para muitos brasileiros a qualificação profissional. Estamos importando engenheiros, técnicos industriais, pessoal com qualificação de área tecnológica. A qualificação profissional por meio da educação é a única forma de garantir o suporte humano necessário para o desenvolvimento econômico de um país. Faltam-nos profissionais em todas as áreas técnicas.
Países asiáticos, como a Coréia do Sul, conseguiram dar saltos econômicos surpreendentes por que, entre suas medidas de desenvolvimento, estava o investimento no sistema educacional e na formação de pessoal para pesquisar, planejar, projetar e construir uma economia sólida com raízes na produtividade. Sem educação não se geram oportunidades de trabalho, condições de participação no mercado e a liberdade das pessoas fica comprometida.
Mercados excessivamente protegidos acabam gerando empresas viciadas em uma condição artificial de negócios. O governo do Brasil protege o mercado, fecha fronteiras, cria exigências que dificultam a instalação de empresas, complica a importação de maquinários, suprimentos e matérias primas. Agora estamos começando a pagar a conta gerada por esta mentalidade econômica ultrapassada com os empregos que sustentam as famílias de muitos brasileiros.
O Rio Grande do Sul, é o segundo colocado, entre os Estados brasileiros, no ranking do fechamento de vagas e o protagonista deste triste número é justamente a indústria gaúcha. Onde está o pleno emprego tão anunciado pelos marqueteiros do governo? Promessa de palanque não paga contas, não põe comida na mesa e, muito menos, gera empregos. Empregos se geram com um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento da produção, com o fomento a competitividade e com muita qualificação técnica.
Será uma coincidência que o Estado que lidera a lista dos que pior pagam seus professores é também o segundo Estado onde mais se fecham vagas de emprego? Será coincidência que o Estado que tem impostos mais altos do que quase todos os outros Estados brasileiros é justamente o que apresenta uma indústria que protagoniza o fechamento de empregos formais? Que sirva o hino Rio-Grandense de alerta para a necessidade de qualificar e modernizar: “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.

* Deputado federal (DEM/RS)

Fonte: ZH Opinião – 28 de julho de 2012

Link: http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2012/07/28/artigo-onde-esta-o-pleno-emprego/?topo=13,1,1,,,13

Uma resposta

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  1. além de não estimular o pleno emprego , começam a perseguir aqueles que tentam falar alguma coisa como a OAB (veja o caso do projeto quer acabar com o exame de Ordem,
    abraços
    nadyr

    juninadyr

    julho 30, 2012 at 4:44 pm


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