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Brasil cai duas posições em ranking de competitividade mundial

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POLÍTICA DO ANTIDESENVOLVIMENTO

O empresário brasileiro é o que mais trabalha no mundo para dar conta da burocracia gerada com os 86 impostos brasileiros. São 2600 horas de trabalho por ano só para a burocracia fiscal, seguido de perto pela Bolívia, com 1080 horas por ano. A média mundial não passa de 200 hs/ano. Estes números são do relatório DOING BUSINESS 2012 do Banco Mundial. Além da pesadíssima burocracia o empresário brasileiro ainda enfrenta gargalos de infra-estrutura, estradas e portos sub-dimensionados, dificuldades para importar maquinário e materiais, capital de giro a juros muito maiores que as médias mundiais, e falta de mão de obra qualificada. Setores como o agronegócio, penalizado pelas políticas do Governo, praticamente leva os bons resultados da balança comercial nas costas. O preço favorável às commodities agrícolas e metálicos está cedendo no mercado mundial, em crise, e o Brasil não se prepara para competir com produtos e serviços mais qualificados. A forte estatização do mercado promovido pelo Governo já mostra que está comprometendo o desempenho da economia. O Brasil, mesmo com ventos favoráveis a suas exportações, é o país cujo PIB menos cresce entre os emergentes BRICS. Medidas protecionistas, do qual o Brasil também é o campeão mundial, segundo a ONU, só maquiam a falta de competitividade e no médio prazo a tendência é que os empresários fiquem ainda mais dependentes da proteção alfandegária e menos competitivos. Menos impostos, menos burocracia, menos intervencionismo na economia, mais infra estrutura e educação voltada para o empreendimento, sem isso o Brasil vai continuar sendo uma colônia exportadora de matérias primas que agrega pouco valor ao que produz, este modelo, sabemos pela história dos ciclos econômicos brasileiros, não irá tirar nosso povo da miséria. (Foto: demauk.com)

São Paulo – O Brasil caiu duas posições este ano no Índice de Competitividade Mundial (World Competitiveness Yearbook), divulgado nesta quinta-feira (31) pelo International Institute for Management Development (IMD). O levantamento, publicado anualmente desde 1989, avalia as condições de competitividade de 59 países a partir da análise de dados estatísticos nacionais e internacionais e pesquisa de opinião feita com executivos. No Brasil, a pesquisa é coordenada pela Fundação Dom Cabral.

Entre os 59 países pesquisados, o Brasil caiu da 44ª, em 2011, para 46ª posição, em 2012. Em 2010, o país ocupava o 38º lugar. O ranking geral aponta, pela ordem, Hong Kong, Estados Unidos, Suíça, Cingapura, Suécia e Canadá como as economias mais competitivas do mundo.

“Apesar dos pontos extremamente fortes da economia brasileira, como o dinamismo econômico e a força do mercado consumidor, fatores como o frágil crescimento econômico do produto interno, a baixa produtividade de suas indústrias e as pressões inflacionárias acabaram por combalir, nos últimos anos, a competitividade nacional”, disse o professor da Fundação Dom Cabral e responsável pela coleta e análise dos dados no Brasil, Carlos Arruda.

Em relação aos países da América Latina, o Brasil aparece no ranking atrás de Chile (28ª), México (37ª) e Peru (44ª). Entre os países de economia emergente, que compõem o Brics, o Brasil está à frente da Rússia (48ª) e África do Sul (50ª), mas atrás de Índia (35ª) e China (23ª).

“O Brasil precisa de reduzir o protecionismo, que é muito elevado. As tarifas alfandegárias são altas e o protecionismo está a minar a competitividade das empresas locais. As exportações de produtos com alto valor agregado não têm evolução nenhuma, as únicas exportações que aumentam são exportações de bens naturais”, disse o professor de finanças do IMD, Nuno Fernandes.

Fernandes destacou que, para ganhar competitividade, o país precisa elevar as exportações de produtos de grande valor agregado, aumentar os financiamentos das empresas via mercado de capitais, e não somente pelo setor bancário, e melhorar a infraestrutura tecnológica. A cultura empreendedora dos empresários brasileiros, segundo ele, também precisa ser alterada.

“Sobre a gestão empresarial, é necessário uma cultura de risco no Brasil. Os empresários têm uma cultura empreendedora não muito elevada. E a maior parte das empresas preferem ficar só no baixo risco, ligadas a empresas públicas e empresas do estado. É preciso uma cultura global, o gestor não pode ficar apenas refém dos serviços das empresas públicas e do mercado local”, disse Fernandes.

O levantamento mostra que o Brasil apresentou significativos avanços nos subitens emprego (ganho de cinco posições, ocupando o sexto lugar no ranking) e na infraestrutura (crescimento de seis posições, no 45º lugar no ranking). A eficiência dos negócios continua sendo, segundo o levantamento, o pilar de maior força e estabilidade competitiva do Brasil, ocupando o 27º lugar (ganho de duas posições).

“A Europa vai continuar a divergir durante os próximos anos e não crescerá como os outros mercados. Os mercados emergentes vão representar mais de 60% do crescimento durante a década atual. O Brasil tem de tentar aproveitar esse crescimento e integrar-se globalmente”, disse o professor do IMD.

Autor: Bruno Bocchini Repórter da Agência Brasil
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-05-31/brasil-cai-duas-posicoes-em-ranking-de-competitividade-mundial

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